segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

LIVRE ARBÍTRIO x LIVRE ESCOLHA

Gostaria de posicionar o meu ponto de vista a respeito da palavra 'livre arbítrio', cuja expressão, comumente, denota a vontade da livre escolha, das decisões livres, ou seja, o juízo livre. É, portanto, nesse sentido, a capacidade de escolha pela vontade do ser humano entre a dualidade conscientemente conhecida: bem e o mal, o certo e o errado.

Observando dessa maneira, nos baseamos em análises inerentes ao meio em que vivemos (ou não) e que pode resultar em ações que nos beneficiam diretamente (ou não), as quais são subordinadas à nossa vontade consciente.

Considerando que somos espíritos livres experienciando um corpo físico, serve a encarnação apenas para o esquecimento. Portanto, nessa primeira consideração, o livre arbítrio só existe antes da encarnação, onde escolhemos ser o que queremos ser e fazer durante a atual encarnação.

Por outro lado, as nossas escolhas são processos mentais, pensamentos que envolvem o julgamento de méritos, opiniões e a seleção e escolha de uma delas. A pessoa pode decidir levantar pela manhã após ouvir o despertador ou voltar a dormir; escolher um determinado trajeto para ir ao trabalho ou à escola. Pensamentos mais elaborados podem decidir por escolhas quanto ao estilo de vida que deseja ter, religião, política, etc.

Uma vez que a pessoa considera excelente a alternativa que julga ser uma boa escolha, porém em circunstâncias limitadas, tal decisão pode leva-la à decepção e desconforto com um possível resultado indesejado. Em sequência, essas decisões podem gerar confusão, remorso e arrependimento pelas opções não escolhidas, culminando na culpa. Por exemplo: a pessoa estuda para uma prova, mas não o suficiente. Ela escolhe a alternativa que julga certa, mas depois, ao conferir o gabarito, percebe que assinalou a alternativa errada e fica inicialmente com raiva, terminando em culpa por não ter estudado mais.

Então observe.

A culpa então podemos dizer que é o seu livre arbítrio exercido, pois se a conotação é de ‘livre vontade’ e a pessoa exerceu a sua livre vontade, por que então sentir-se culpada?

Em resumo, livre arbítrio, no meu ponto de vista, só existe antes da reencarnação, quando o ser – em sua roupa espiritual (corpo astral) passa por um período chamado “período pré-reencarnatório, onde tem o livre arbítrio (liberdade consciencial) para determinar as escolhas que fará após encarnado. Uma vez vestindo um novo corpo físico, esquece completamente das cláusulas do “contrato” que assinou antes de reencarnar, determinando nascer em uma certa família, aprender certos ensinamento, estudar determinada matéria, etc. Talvez seja por esse motivo que deparamos muitas vezes com jovens dizendo: “Não pedi para nascer”. Claro que pediu.

É por isso que a pessoa se decepciona com muitas escolhas que faz durante a vida, pois são escolhas não determinadas pelo seu livre arbítrio. Quando faz a escolha certa, tudo dá certo; quando faz a escolha errada que não estava nos “termos contratuais”, tudo dá errado ou é conquistado com extrema dificuldade. E mesmo assim não há um sentimento de conquista plena. Talvez daí ter surgido a expressão: “Ou aprende pelo amor ou pela dor”.

Gente! E a culpa?

A culpa, é o poder pessoal exercido e ficou lá no passado. Se foi uma escolha que lhe pareceu boa naquele momento, pare de ficar atualizando o passado e entre em contato com a sua essência espiritual para se afinizar melhor com as suas escolhas.

Mas nem tanto ao mar, nem tanto à terra. Se alguém disser que usou o livre arbítrio para assinar a opção "a", vamos considerar; se disser que usou o seu poder pessoal para escolher a mesma opção, também está certo. Afinal, é uma prova de "múltiplas escolhas" e não de "livre arbítrio", não é mesmo?. rs. Afinal, não dizem que uma reencarnação compreende a um "ano letivo" de provas, expiações e aprendizado? Então?

Eu escolho terminar esse texto agora.

Abraço a todos.

Getúlio Gomes

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